sexta-feira, novembro 12, 2010

Há vida após a Guerra Cambial? Ou será que nem Guerra Cambial existe?

Sim, há vida após a Guerra Cambial. Este que é o mais novo bordão do ministro Guido Mantega. Prato cheio para a imprensa que adora termos econômicos, que o diga Miriam Leitão, entrar de cabeça nessa "guerra".

Mas o que o ministro Guido Mantega quis dizer com esta expressão? Será que realmente ela existe?

Essa guerra nada mais é que medidas que os governos de alguns países estão tomando para conter a valorização de suas moedas. Ou seja, protegendo suas economias dada à enxurrada de dólares (600 bilhões no mercado – política denominada QE2) que os EUA estão jogando no mercado (isso tem muitas implicações que valem outros posts). Então volto a perguntar, ela existe?

Olhando para a história econômica, sim há guerra cambial, pois quando ocorrem tais movimentos no câmbio, ou seja, o câmbio a mercê do mercado com livre movimentação de capitais, ele se torna nocivo e incontrolável. Keynes legitimava essa visão, tanto que foi essa ideia que levou ao "pacto" de Bretton Woods, da concepção do FMI e da fixação da taxa de câmbio.

Mas por outro lado, se analisarmos a decisão do FED olhando para as circunstâncias atuais, só teria sentido a expressão cunhada pelo ministro se o QE2 fosse lançado apenas para acelerar a queda do dólar, o que não procede, pois a intenção do FED com este plano é acelerar a demanda interna e não derrubar o dólar – o peso das exportações não representa 15% do PIB americano –

Portanto, chegamos à conclusão que não há guerra cambial, o que já não pode ser dito pela Miriam leitão, Sardemberg e Cia ltda., pois eles sim gostaram da expressão. Qual será a próxima?

By Anonimowy

terça-feira, novembro 02, 2010

Celebração?? Feriado??

Dia de finados. Nunca entendi porque devemos ter um dia para celebrar os mortos. Ainda mais se essa celebração tiver relação com lembra e orar pelos antes queridos que se foram. Não perdi muitos em minha vida, mas acredito não precisar de um único dia para isso. Geralmente eles deixaram histórias, carinhos, cuidados, conquistas, exemplos relembrados esporadicamente entre acontecimentos do dia a dia. Então por que um único dia destinado a isso?? E um dia que vira feriado, aí sim tem menos sentido, quem vai lembrar dos que se foram, quando estão contando os dias para ir à praia??

Fico no aguardo de respostas sobre qual a intenção da igreja em um dia inteiro para saudar os mortos, será que há alguma relação com intenção com o grande mote da igreja "a ressurreição",  em saudar aqueles que nós receberão quando voltarmos “ao pó” (sim Rõ, provocações, rs)?? Aliás, qual o sentido de voltar ao pó e ter uma bela recepção?? Bom, mas aí entramos em outras discussões que ficam para um novo post.

Até a próxima, bom final de feriado e como disse Jô Soares No Brasil, quando o feriado é religioso, até ateu comemora”

Mariana 

segunda-feira, outubro 25, 2010

Ortodoxia


Este é o nome do livro de G.K. Chesterton (1874-1936) escritor inglês que teve debates intelectuais outros grandes da época como Bernard Shaw, H.G. Wells e Bertrand Russel. Chesterton é considerado um dos maiores ensaístas da língua inglesa, porém é pouco lido no Brasil (editado aqui pela editora Mundo Cristão – obrigado MC).
Chesterton é dono de uma prosa elegante e de humor irônico que corta que lhe confere um poder de persuasão único. Reservo-me no direito de reproduzir abaixo um texto dele que faz parte do livro Ortodoxia, publicado em 1909.
"...é na verdade quase um lema do mundo moderno.(...)Referindo-se a alguém, disse o editor: 'Aquele homem vai progredir na vida; ele acredita em si mesmo.'(...) Disse-lhe eu então: 'quer saber onde ficam os homens que acreditam em si mesmos? Eu sei.'(...) 'Os homens que realmente acreditam em si mesmos estão todos em asilos de lunáticos'" Mais adiante ele diz: "Atores que não sabem representar acreditam em si mesmos; e os devedores que não vão pagar. Seria muito mais verdadeiro dizer que um homem certamente fracassará por acreditar em si mesmo."
Autoconfiança é uma fraqueza, mas se disse isso em um jantar inteligente, não será mais convidado para comer a culinária do Azerbaijão e ficará sem amigos. Autoconfiança foi feita para vender livros de Auto-Ajuda em um mundo que está cada vez mais chato.
Para sair por algumas horas da chatice do eco-mundo (no novo acordo ortográfico é assim que se escreve?) leia Chesterton e a sua Ortodoxia.


Rodrigo

sábado, outubro 23, 2010

“Nosso Guru”


Interessante o discurso dado pelo "Nosso Guru" durante uma audiência na Abrinq. Quando falava aos presentes, mais uma vez sobre seu homérico governo, "Nosso Guru" criticou os planos econômicos criados nos anos 80 e 90 – Plano Collor (Fernando Collor), Verão e Bresser (José Sarney) – para controlar a inflação e disse que seu governo é motivo de orgulho (só se for para a avó dele né).
Nas suas palavras ""Temos que ter muito orgulho da situação que o Brasil está atravessando. Encontramos um jeito de governar sem o academicismo das teses colocadas em prática, sobretudo na área econômica, e que, quando fracassavam, os prejuízos ficavam por conta dos que não tinham nada a ver com as teses". Ele não estudou e a culpa é do academicismo? Bom, não sendo da academia, os planos econômicos sairão de onde, da Metalúrgica? Alguém disse a ele que o Plano Real foi criado na Academia? E o pior, a frase acima, olhando com clareza, parece que ele está dizendo que o Real foi criado no governo dele (só para lembrar, ele foi contra).
Faltam dois meses para o governo do "Nosso Guru" terminar e eu já começo sentir falta das piadas que ele conta.



Rodrigo

sexta-feira, outubro 22, 2010

O Blog

Destruição Criadora ou Destruição Criativa foi uma expressão cunhada por um dos maiores economistas do século XX, o austríaco Joseph Schumpeter, quando escrevia sobre a importância da inovação em uma economia capitalis
Creative Destruction or Creative Destruction was a phrase coined by one of the greatest economists of the twentieth century, the Austrian Joseph Schumpeter, when writing about the importance of innovation in a capitalist economy.