A era do governo republicano unipartidário em Washington terminou com os americanos usando o voto de protesto para dizerem que não estão contentes com o governo Bush. E o que é pior, para ele, que foi dada a largada para a sucessão presidencial em 2008, no qual ainda ele não tem um sucessor .
Nos bastidores, o que se diz é que não foram os Democratas que venceram, mas os Republicanos que perderam.
A condução da guerra do Iraque foi a principal causa da derrota Republicana nesse pleito (sistema eleitoral mais complicado do mundo), seguida pelas notícias de corrupção entre os políticos e escândalos financeiros envolvendo o governo (sim, lá também existe corrupção!!!)
Como fica a política americana depois das eleições???
O que estava em jogo era o controle da Câmara dos Representantes e do Senado, e os Democratas obtiveram a maioria nas duas casas.
Pelo sistema de governo norte-americano, com sua separação de poderes, o Congresso propõe e aprova leis, que o presidente têm de implementar, mas caso os dois lados discordem em questões fundamentais, chega-se a um impasse, com o presidente podendo usar seu poder de veto (coisa rara nos EUA).
Infelizmente a política externa continuará sob o comando do Costinha Ianque, mas com a diferença de estar sujeito ao consentimento de um congresso opositor.
Outro ponto importante no contexto político americano é a chamada agenda social - não é o bolsa família (bag family) – e sim temas como aborto, casamento de pessoas do mesmo sexo e pesquisas com células tronco (viu como o debate lá é igualzinho o daqui!!!). Alguns referendos estaduais realizados ao mesmo tempo que as eleições parlamentares mostraram uma mensagem confusa sobre a visão que o eleitorado tem dessas questões e o que pode pesar são os interesses de facções da direita ultraconservadora da Igreja e os congressistas e senadores democratas recém-eleitos que vêm de Estados mais conservadores, onde vários deles têm manifestado seu apoio à "agenda de valores". R.B
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